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Editorial

Mercado de trabalho no varejo da região de Presidente Prudente tem o melhor desempenho do Estado em maio

Segundo a FecomercioSP, queda de 1,5% no total de trabalhadores do setor na comparação com o mesmo mês de 2015 representa o menor recuo dentre as 16 regiões paulistas analisadas na pesquisa

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São Paulo, 27 de julho de 2016– Em maio, o comércio varejista na região de Presidente Prudente fechou 78 postos de trabalho, resultado de 1.171 admissões contra 1.249 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram eliminados 593 empregos com carteira assinada. O varejo encerrou o mês com 38.771 trabalhadores formais e, apesar do recuo de 1,5% em relação a maio de 2015, teve o melhor desempenho do Estado. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Entre as nove atividades analisadas, sete apresentaram queda na ocupação formal em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os segmentos que mais influenciaram esse resultado foram os de concessionárias de veículos (-6,3%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-4,2%) e lojas de móveis e decoração (-3,9%). Os setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (4%) e farmácias e perfumarias (2,2%) foram os únicos a registrar crescimento no período. 

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Desempenho estadual 

Em maio, o comércio varejista no Estado de São Paulo extinguiu 3.730 empregos com carteira assinada, saldo de 70.656 admissões e 74.386 desligamentos, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 2007. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu a marca de 2.069.041, redução de 3,5% em relação a maio de 2015 – mesma taxa registrada na comparação entre abril de 2015 e de 2016, o que parece ser um sinal de que o quadro parou de piorar. 

Nos cinco primeiros meses do ano, foram quase 61 mil empregos perdidos. Vale ressaltar que, no mesmo período de 2015, o saldo estava no negativo em 45.290. Considerando o acumulado de doze meses, são 76.139 empregos formais extintos.   

Das nove atividades pesquisadas, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias (2,3%) cresceu em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram registrados nos setores de lojas de móveis e decoração (-8,5%), concessionárias de veículos (-8,3%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,3%). O segmento de supermercados apresentou estabilidade. 

Em relação aos dados por ocupações, as funções que registraram as maiores perdas foram as de gerentes de apoio, com a eliminação de 567 postos. A segundamaiorredução ocorreu com os escriturários, com a perda de 461 empregos, seguidos pelos gerentes de produção e operações (-428 vagas). 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o quadro ainda é grave, já que o número de empregos no setor atingiu o menor patamar desde março de 2012. Entretanto, o fato de a taxa de retração do estoque de empregos no comparativo anual ter permanecido em 3,5% nos meses de abril e maio pode indicar que o mercado de trabalho varejista no Estado passa por um momento de inflexão na sua movimentação de vagas. Por mais que o processo seja lento, esse talvez seja o primeiro sinal de que é possível que o varejo pare de registrar saldos negativos tão elevados. 

Essa perspectiva se baseia também na melhora dos indicadores de confiança, tanto de consumidores quanto de empresários, e na melhora das vendas no segundo semestre deste ano. Vale ressaltar que a Entidade revisou suas projeções de faturamento do varejo paulista em 2016, passando de uma queda de 5% para a estabilidade.   

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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