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Editorial

Comércio varejista da região de Bauru cria 213 empregos em maio, aponta FecomercioSP

Desempenho do setor de supermercados foi determinante para o saldo positivo no mês

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São Paulo, 27 de julho de 2016 Em maio, o comércio varejista na região de Bauru abriu 213 postos de trabalho, resultado de 2.692 admissões contra 2.479 desligamentos. No acumulado de 12 meses, porém, foram eliminados 2.756 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com maio de 2015, de 3,6% do estoque total, que atingiu 74.228 trabalhadores formais no mês. 

As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). 

Das nove atividades analisadas, apenas a de farmácias e perfumarias (1,6%) apresentou crescimento no estoque de empregados em maio na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os recuos mais significativos ficaram por conta dos setores de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-9,7%), de concessionárias de veículos (-9,2%) e de lojas de móveis e decoração (-9%). 

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Desempenho estadual 

Em maio, o comércio varejista no Estado de São Paulo extinguiu 3.730 empregos com carteira assinada, saldo de 70.656 admissões e 74.386 desligamentos, o pior resultado para o mês desde o início da série histórica em 2007. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu a marca de 2.069.041, redução de 3,5% em relação a maio de 2015 – mesma taxa registrada na comparação entre abril de 2015 e de 2016, o que parece ser um sinal de que o quadro parou de piorar. 

Nos cinco primeiros meses do ano, foram quase 61 mil empregos perdidos. Vale ressaltar que, no mesmo período de 2015, o saldo estava no negativo em 45.290. Considerando o acumulado de doze meses, são 76.139 empregos formais extintos.  

Das nove atividades pesquisadas, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias (2,3%) cresceu em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram registrados nos setores de lojas de móveis e decoração (-8,5%), concessionárias de veículos (-8,3%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,3%). O segmento de supermercados apresentou estabilidade. 

Em relação aos dados por ocupações, as funções que registraram as maiores perdas foram as de gerentes de apoio, com a eliminação de 567 postos. A segunda maior redução ocorreu com os escriturários, com a perda de 461 empregos, seguidos pelos gerentes de produção e operações (-428 vagas). 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o quadro ainda é grave, já que o número de empregos no setor atingiu o menor patamar desde março de 2012. Entretanto, o fato de a taxa de retração do estoque de empregos no comparativo anual ter permanecido em 3,5% nos meses de abril e maio pode indicar que o mercado de trabalho varejista no Estado passa por um momento de inflexão na sua movimentação de vagas. Por mais que o processo seja lento, esse talvez seja o primeiro sinal de que é possível que o varejo pare de registrar saldos negativos tão elevados. 

Essa perspectiva se baseia também na melhora dos indicadores de confiança, tanto de consumidores quanto de empresários, e na melhora das vendas no segundo semestre deste ano. Vale ressaltar que a Entidade revisou suas projeções de faturamento do varejo paulista em 2016, passando de uma queda de 5% para a estabilidade.   

Nota metodológica

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

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