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Imprensa

Número de famílias endividadas na capital paulista ultrapassa 2 milhões em novembro, aponta FecomercioSP

Segundo pesquisa da Federação, 52,7% das famílias da capital possuíam algum tipo de dívida no mês, contra 51,9% apurados em outubro, alta de 0,8 ponto porcentual

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São Paulo, 23 de dezembro de 2016 – A proporção de famílias paulistanas endividadas registrou alta de 0,8 ponto porcentual (p.p.), atingindo 52,7% em novembro, o maior nível desde setembro de 2015, quando 54,7% das famílias declararam ter dívidas. No comparativo com o mesmo período do ano passado, quando 49,3% das famílias estavam endividadas, houve alta no de 3,4 p.p..O resultado de novembro revela que o consumidor tem buscado o crédito como alternativa de acesso ao consumo, o que o fez aumentar o nível de endividamento para manter o mesmo padrão. Com a alta de preços, os valores das dívidas estão consumindo boa parte da renda das famílias.

Em números absolutos, o total de famílias endividadas passou de 1,997 milhão no mês de outubro para 2,032 milhão no mês de novembro, sendo que em novembro de 2015, esse número era de 1,767 milhão.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A proporção de famílias endividadas com renda inferior a dez salários mínimos mostrou alta de 1,3 ponto porcentual em novembro, em relação a outubro, com 56,3%. Já entre as famílias que ganham mais de dez salários mínimos, o porcentual foi de 42,5% em novembro, mantendo-se estável na comparação com o mês anterior.

Inadimplência
Em novembro, 18,5% das famílias paulistanas afirmaram estar com as contas em atraso, leve queda de 0,3 p.p. em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve uma alta de 1,4 p.p.. Em números absolutos, o total de famílias com contas em atraso passou de 722 mil no mês de outubro para 712 mil nos mês de novembro, sendo que em novembro de 2015, esse número era de 614 mil, apresentando alta, ano a ano, de 108 mil famílias.

Entre as famílias com contas em atraso, 47% delas têm contas vencidas a mais de 90 dias, 26,4% possuem contas atrasadas entre 30 e 90 dias, enquanto que 26,0% estão com dívidas atrasadas por até 30 dias.

A inadimplência segue mais acentuada nas famílias com menor renda. De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, essa faixa de renda sente mais intensamente os efeitos da inflação e da alta de juros. Neste caso, qualquer imprevisto pode desequilibrar suas finanças e o crédito representa um importante meio de inclusão nos padrões de consumo. Entre as que ganham até dez salários mínimos, 22,8% estão com contas atrasadas – queda de 0,8 p.p. na comparação com outubro de 2016. Já entre as famílias com renda superior a dez salários, 8,2% disseram estar com débitos atrasados, alta de 1,0 p.p..

Adicionalmente, 7,6% das famílias paulistanas não terão condições de pagar suas dívidas no mês seguinte. Em novembro de 2015 esse percentual era de 6,8%. Na segmentação por renda, essa proporção atingiu 10% entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, a maior da série histórica iniciada em 2010 pelo segundo mês seguido, enquanto entre as famílias acima deste patamar de renda, a proporção foi de 2,7% em novembro. Em números absolutos existem 293 mil famílias na amostra que estão nesta situação.

Tipos de dívida
O cartão de crédito continua sendo o principal motivo de endividamento em novembro, foi utilizado por 71,8% dos entrevistados.

Em seguida, os tipos de dívidas mais recorrentes estão o financiamento de carro (13,7%), crédito pessoal (14,9%), carnês (13,1%), financiamento de casa (10,9%) e crédito consignado (4,8%). O destaque do mês ficou por conta dos itens de Carnês e Crédito Pessoal, que apresentou uma leve alta de 1,6 p.p. e 1,7 p.p., respectivamente, em relação ao mês de outubro.

Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. A partir de 2010, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) comprou a pesquisa da FecomercioSP, que passou a analisar os dados nacionalmente. A Federação continua divulgando os dados de São Paulo, alinhados com a data de divulgação da PEIC nacional pela CNC. Na capital, são entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores.

O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis de endividamento e de inadimplência do consumidor. Com base nas informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento, porcentual de inadimplentes, intenção de pagamento de dívidas em atraso e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

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