Economia
27/01/2017Confiança do consumidor paulistano cai 7,7% em janeiro, aponta FecomercioSP
De acordo com a Entidade, apesar da queda mensal, consumidores estão 14,8% mais otimistas do que no mesmo período de 2016

Consumidor inicia o ano com as mesmas preocupações de 2016: orçamento apertado, aumento real do custo de vida e incerteza em relação ao emprego
(Arte/TUTU)
Após registrar em dezembro o maior nível de confiança desde fevereiro de 2015, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair em janeiro. O indicador passou de 110,7 pontos em dezembro para 102,2 pontos neste mês, queda de 7,7%. Já na comparação anual, houve alta de 14,8%. A pesquisa é realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e a escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total).
Os dois quesitos que compõem o indicador registraram resultados negativos na passagem de dezembro para janeiro. Após cinco altas consecutivas o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) recuou 6,1% ao passar de 72,6 em dezembro para 68,2 pontos em janeiro. Em relação a janeiro de 2016, o índice assinalou alta de 19,5% - registrando a quarta alta consecutiva nessa base de comparação.
As expectativas em relação aos meses seguintes caíram. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o outro componente do ICC, retraiu 8,2%, passando de 136,1 em dezembro para 125 pontos em janeiro. Por outro lado, no comparativo interanual, o índice registrou a décima alta consecutiva ao registrar crescimento de 13,2%.
Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, mesmo que sutil, há uma atmosfera mais positiva do que existia há um ano, com as recentes mudanças no quadro político e econômico. O resultado da pesquisa de janeiro mostra ainda um consumidor insatisfeito com as condições socioeconômicas do presente e inseguro quanto ao futuro. A situação do presente acaba por se refletir também nas expectativas, uma vez que as famílias seguem temerosas em relação ao mercado de trabalho.
Em termos gerais, a Federação analisa que o consumidor inicia o ano de 2017 demonstrando as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado: orçamento apertado por ganhos de renda mais modestos em virtude do aumento real do custo de vida, causado pelas altas dos preços e juros e, principalmente, pela incerteza em relação ao seu emprego no futuro.
Gênero e renda
No resultado apurado pelo ICEA os consumidores com renda familiar superior a 10 salários mínimos (SM) e com idade de 35 anos ou mais foram determinantes para a retração mensal. O primeiro grupo registrou queda de 10,4% ao passar de 85,2 em dezembro para 76,3 pontos em janeiro. O grupo de 35 anos ou mais descreveu queda de 7,8% passando de 62,5 em dezembro para 57,6 pontos em janeiro.
Já a queda do IEC foi motivada, principalmente, pelo público masculino e aqueles consumidores com idade de 35 anos ou mais. O grupo masculino assinalou queda de 10,3% ao passar de 142,4 em dezembro para 127,7 pontos em janeiro, e o segundo grupo de 35 anos ou mais registrou queda de 9,2% passando de 133,5 em dezembro para 121,2 pontos em janeiro.
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